sábado, 14 de novembro de 2009

Custo da coragem

Essa semana eu fiz minha inscrição pro vestibular da Univali. Estava em dúvida na escolha do curso.... Então pensei: Se eu não sei o que fazer, porque não escolher jornalismo? Depois, se não conseguir emprego, culpo o Sistema e digo que é porque caiu o título! Fácil, né? Pra um vagabundo como eu sim.

To brincando, também não é desse jeito. Posso não saber o que quero fazer, mas sei em que área quero atuar. Esse é o mais importante. O que eu realmente quero fazer, bem na real, vou morrer sem saber, porque de uma coisa eu tenho certeza, seja lá o que eu escolher, vou querer mais que aquilo, vou querer fazer de tudo um pouco.

O jornalismo é uma junção de assuntos que me interessam: comunicação, literatura, cinema, política, etc. Tudo em um só.

Acho que eu sou uma das poucas pessoas que quer fazer um curso apenas por prazer, por paixão, sem pensar no retorno financeiro. Sei da atual situação do jornalismo no Brasil e no mundo, se fosse uma decisão inteligente e racional, com certeza não seria esse curso o escolhido, mas a minha intenção, antes de qualquer coisa, é aprender. Estudar algo que eu gosto. Ser quem eu quero ser.

O jornalista pode até atuar sem formação, o fundamental é ter talento para aquilo, mas quanto mais conhecimento e cultura essa pessoa possuir, mais chance de seus escritos terem uma qualidade maior. Se não vencer pelo talento, venço pelo esforço.

Não me vejo atuando no campo do jornalismo. Na real, nem quero. Pretendo ter a minha profissão e no tempo que me sobra, dedicar à arte. Esse é um pensamento racional, porque querer viver de arte é pedir pra morrer de fome. São exceções que se dão bem, e quando queremos algo, é melhor pensar que não somos a exceção para mais tarde não se decepcionar.

O ideal é fazer como o Bonner: primeiro, você se torna um profissional exemplar e bem sucedido, então depois passa as tardes na internet (twitter e afins) e não ao contrário, como eu. Claro que depois não precisa ser tão viciado quanto o @realwbonner...

Além do vestibular, tentei o processo seletivo (que nada mais é do que as vagas que sobraram sendo disputadas por quem não conseguiu passar ou não quiseram tentar o vestibular). Uma iniciativa admirável das faculdades para com os estudantes? Nem tanto, só se for pro bolso da Universidade.

Mas isso não importa, só quero começar o curso. Desculpem o termo que vou usar agora, mas o vestibular é... não, não vou usar o termo, vou falar entrelinhas: ele é como aquilo que as pessoas fazem nove meses antes de nascer um bebê: não importa a posição, o importante é entrar.