terça-feira, 30 de março de 2010

Despertador mãe

Sabe, morar sozinho, sem o paninho quente da mamãe não me fez sentir falta da comida pronta e da roupa lavada, mas de uma outra coisa: do despertador que minha mãe era.

- Rodrigo, acorda, já são oito horas. Vai trabalhar.

E era assim, desde criança:

- Digo, levanta, é hora de ir ao médico...

- Filho, vai se arrumar pra ir pra aula, desse jeito vai se atrasar.

Muitas pessoas enjoam do toque do despertador, pegam trauma daquele som que destrói um bom sono! Já eu, enjoei do meu nome. Infelizmente tive que associar. Mas de uns dias pra cá, eu percebi a falta que isso me faz!

Por exemplo, nenhuma programação que eu faço me deixa tranquilo quando lembro que tenho que acordar cedo, ao contrário de quando eu tinha minha mãe. Aliás, eu ainda tenho minha mãe, desse jeito parece que ela morreu. Me refiro a ela aqui comigo... que não me acorda mais... claro que se tivesse morrido, não seria sobre ela ser um despertador que eu falaria, né não?