terça-feira, 23 de março de 2010

Paladar mandarim

Acabei de chegar da rua, fui resolver uns problemas relacionados a minha documentação (falando assim pareço ilegal, né?) e comi no “China in Box”.


Acho que não existe comida mais nojenta do que o Yakisoba. Primeiro pq eu não sou muito fã de macarrão, principalmente espaguete, que parecem minhocas. E quando colocam queijo-ralado então, lembram minhocas enroladas na areia. Ai, é sério gente, eu tenho essa frescura. E o Yakisoba, além de macarrão, vem com aquele molho cheio de legumes e verduras, uma mistureba, que esteticamente, não é nem um pouquinho agradável. O do “China in Box” vem com uns brotos de bambu cortados de uma forma que lembram cebola, então mesmo não tendo essas malditas ali, sempre que vejo, lembro delas.

Mas tudo bem. Abri uma exceção no meu cardápio por que fiquei com vontade (desejo, acho que to grávido) e pedi um prato de Yakisoba... cheio de brotos de bambu, que apesar de lembrarem cebolas, eu adoro – minha tática é comer de olhos fechados, o que os olhos não vêem, o coração não sente! E num restaurante chinês, comer com os olhos fechados só faz os outros pensarem que você é um dos donos, então nem fica estranho. Só abri pra ler a “Sorte” que vem dentro daqueles biscoitos.

Falando nos biscoitos, alguém sabe me dizer como eles são colocados lá dentro? Antes de assar? E não tem risco do papel grudar na massa e as pessoas comerem por engano?

Ao contrário de muitas pessoas, quando como “chinese food” não me sinto oriental não. Me sinto em Manhattan. Ao lado da Miranda, Carrie, Samantha e Charlotte.





Ao vir pra casa, vim de ônibus. Antes de ir pro ponto, recuperei o fôlego de tanto comer e deixei a comida descer um pouco (ai que primitivo falar assim), porque ninguém merece sair num busão pulando loucamente de barriga cheia né?

A experiência no bus foi traumática. Apesar d’eu gostar muito dessas aventuras (até mesmo quando não tem banco e eu fico de pé naquelas curvas do Joá, me sinto no Beto Carreiro), juro que um dia, se tiver oportunidade de fazer um filme, vou me inspirar em “Um bonde chamado Desejo” pra gravar aqui no Rio “Um ônibus chamado suvaco”. Com “U” mesmo.

Ai, como tem gente porca nesse mundo. Não conhecem banho, chuveiro, sabonete? O governo deveria, além de vale transporte e vale alimentação, exigir que algumas empresas dessem vale desodorante!


Uma coisa engraçada que eu noto aqui, é que eu povo faz fila pra pagar ônibus. Engraçado que eu digo é no bom sentido, não que eu ache graça em ver trabalhadores dependendo de transporte público, mas é que eles são organizados e respeitam a vez no ponto... é sério, fila indiana mesmo, um atrás do outro pra subir no busão. Não é que nem em BC que quando a Praiana chega o povo sai que nem louco pra garantir um lugar sentado. Isso é coisa de animal. Mas claro que não adianta ser apenas educado, tem que ter higiene também. Melhor um animal cheiroso do que um educado fedido.

De dentro do ônibus, vemos como espectadores, muitas coisas acontecerem pela cidade. E passamos também por vários cenários. Um dia vou levar a máquina fotográfica junto pra registrar algumas coisas e postar aqui.

No meu cel tem várias imagens, mas não consigo passar pro pc... tem imagens curiosas, como por exemplo de um grupo de pessoas que rezavam em frente a um incêndio que estava acontecendo no Centro (e que destruiu um casarão histórico); de vendedores ambulante vendendo o DVD pirata de “Avatar”, dizendo que era versão 3D - e vinha com óculos; ou de estabelecimentos com nomes não criativos, como por exemplo “Pizza Legal”. Poxa vida, dá vontade de perguntar pro dono: é assim que você classifica sua pizza? Legal? Que coisa sem graça! E pior ainda, na caixa da pizza vem uma foto dela sorrindo! Se pagando de legal!

Também tem o HortiFruti Varejão. Varejão? Isso não lembra aquela mosca grandona?



Será que é o melhor nome pra se colocar num lugar que vende hortaliças? Acho que não.


E pra finalizar, vi uma farmácia interessante, se chamava “DrogasMil”.


No Rio de Janeiro, pôr esse nome no seu próprio estabelecimento? É suicídio empresarial!