sexta-feira, 14 de maio de 2010

A vida que não viveu

Hoje acaba “Viver a vida”. Desde que essa novela começou eu pensava: que pleonasmo esse título, por acaso existe “morrer a vida”? Se está vivo, está vivendo, ora!

Mas depois desses meses de novela mudei meu conceito. Os personagens não “vivem”, apenas “existem”, é diferente. Tão diferente quanto “ver” e “enxergar” e “escutar” e “ouvir”... agora o título me parece irônico, o que eles menos fizeram nessa novela foi viver, foi tudo muito parado, tudo muito tranquilo, muito insosso. Os personagens esqueceram de viver... ou melhor, o autor não deu vida a eles. Pior que o último capítulo, hoje, terá 80 minutos. Penso eu: o que falta acontecer? Será que tudo que não aconteceu até hoje vai ao ar nessa final? Talvez essa seja a melhor justificativa...

Uma pena que foi assim, adoro as novelas do Manoel Carlos, mas essa, definitivamente não parece escrita por ele... espero que a próxima, se tiver (já que ele sempre diz “que essa será a última”) ele volte a ser como era, porque é uma pena ver essa falta de agilidade e monotonia numa trama dele.

E que venha “Passione”, do sempre genial Silvio de Abreu! Sinto um clima bem cinematográfico pelas chamadas... vi algumas gravações no Projac e gostei do espírito da equipe.