sexta-feira, 18 de junho de 2010

Maus hábitos


Assim que cheguei no Rio de Janeiro, me inspirei pra adquirir hábitos saudáveis. A beleza da cidade e a quantidade de coisas legais que tenho pra fazer aqui só me influenciaram a seguir adiante.

Hábitos saudáveis que eu me refiro, incluindo a parte cultural, é a alimentação e prática de atividade física. Eu tenho uma facilidade muito grande pra emagrecer, embora não pareça. Quando eu resolvo “me controlar” os resultados aparecem rapidamente. Não tem essa de que é genética ou que tenho tendência a engordar, a verdade é que sou sedentário e só como besteiras. Da mesma forma que desculpa de aleijado é muleta, desculpa de gordo é tiróide.

Em Balneário Camboriú, quando eu trabalhava numa agência de turismo, eu passava o dia inteiro em frente ao computador. Eu falava com uma média de 70 pessoas por dia, no telefone, mas quando a preguiça batia, acho que não chegava a 10... ficava só na internet (por isso esse blog era atualizado com maior freqüência), assistindo séries e pedindo comida da cafeteria que tinha no térreo. Pois é, a cafeteria. Eu amo saladas, grãos e tudo que é integral, amo mesmo! Mas da mesma forma gosto de besteiras, então como o fast food era mais acessível, logo, eu comia mais. Pra vocês terem idéia, meu café da manhã durante os dois anos que trabalhei na agência era pizza, calzone, empadão... sempre acompanhados de um capuccino (com muito chantilly) ou uma vitamina de banana com muito ovomaltine. Ou seja, quando eu sai de lá, tava pesando 100 quilos. Foi uma emoção muito grande, subi na balança e tava lá, redondinho (o número e eu)... não dava nem vontade de me mexer pra não alterar o número, tamanho era a emoção.

Então assim que cheguei à Cidade Maravilhosa, eu tinha a opção de escolher que forma de vida eu queria levar. Comecei com as caminhasdas, que eu amo. Às vezes eu exagero, teve um dia que caminhei do Leblon até o Centro do Rio a pé, foram 5 horas de “viagem”, passando por Ipanema, Copacabana, Botafogo, Flamengo, Glória, Lapa e Centro. Mas isso não vem de agora, quando eu era mais jovem, ia a pé pra Itajaí (uns 15 km de Balneário Camboriú) só pra alugar filmes. Juntava o útil ao agradável: a economia da passagem, que me rendia uma locação a mais e o passeio, que me fazia bem... e assim eu assisti a filmografia do Hitchcock.

Portanto, como eu gosto de caminhar, e em cidade nova eu tenho muito a conhecer, aproveitei essa “virtude”... mas no inicio eu não caminhava pela saúde não, eu caminhava porque era Ipanema. Porque Tom Jobim cantava aquela praia.

Aí eu comecei a ver resultados, de 100 quilos, já perdi 17. Loucura, não? E continuo comendo besteiras, de uma forma mais moderada, claro. Até porque depois que você vê a parte positiva, cada vez quer mais. Isso me deixa bem... e por isso eu digo, não é tendência a engordar, um jovem de 18 anos assim, acima de tudo, é preguiçoso. Claro, existem problemas de saúde que “incentivam” a isso, mas o caos e a preguiça reinam – em voz mais alta.

A vida que eu levava em SC era exagerada, ao extremo, pizza todos os dias. Mas eu não me importava com o resultado da balança, na real nunca me importei porque sempre tive bem comigo mesmo, é sério, não é papo de gordo. Comer, saborear, degustar... tem coisa melhor? Eu sou muito curioso, então cada vez quero experimentar novos sabores, gostos... e o bom é que continuo fazendo isso, comendo minha lasanha, minha pizza de tomate seco e minhas amanditas com a única diferença de que não é todo dia, nem no café da manhã.

Só me falta um kit Jequitti pra ser miss.