terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Não, o ódio não é o oposto de amor.

Não, o ódio não é o oposto de amor. Para odiar alguém é preciso sentimento, e sentimento está ali: lado a lado com o amor. Quando não se ama, não se odeia também. O oposto é a indiferença, aquele não-quero-nem-saber, aquele sentimento - se é que posso chamá-lo de sentimento, de não se importar, de não mover sensação alguma. Não há nada mais triste para uma pessoa que sentir que alguém, que já fez parte do lado bom de sua vida, sente-se indiferente a você, que você não é capaz de mover reações ou sentimentos a ela, nem ódio nem amor. Apenas indiferença. Esquecimento. Talvez abandono. Que acabou.

Fingir que nunca aconteceu, que não existiu, que morreu, que sequer nasceu. Esquecer como se nunca tivesse cruzado por aqui. Não, o ódio não é o oposto de amor.