segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Laxante mental

Vou falar sobre isso e citar essas palavras agora e prometo nunca mais tocar no assunto, mas preciso deixar claro: os termos “cagar”, “peidar”, “coco” ou qualquer outra função do seu intestino jamais deverão entrar em pauta comigo, ok? Se você não consegue se segurar e adora uma piada do gênero, evite quando eu estiver junto. Aliás, evite com qualquer pessoa. Eu não acho graça. Até porque não é assunto de gente normal, convenhamos. É sério, eu acho escroto demais, principalmente se não houver intimidade, seja lá qual for a situação que envolva o caso. Eu perco toda consideração pela pessoa. É questão de educação, onde já se viu, falar – literalmente – sobre merda? Tem activia no cérebro por acaso?

Para os meus amigos eu digo: todos aqui são a Sandy, ninguém faz isso. Não quero detalhes de ninguém, muito obrigado. Se o assunto for de saúde, coisa séria, tudo bem, mas ainda assim prefiro que procure a mulher do laboratório, ela tá lá pra isso, acostumada até a examinar. Não tenho cara de Postinho, né?

Estamos conversados? Espero que sim, porque eu não sou obrigado e nem quero repetir. Também não sou banheiro pra ficar ouvindo merda. Posso ter essa cara de cu de vez em quando, mas isso não justifica.

Se você acha normal, natural, ok, tudo bem, eu te entendo, é uma das funções vitais do corpo humano – mas isso não me obriga a falar nem ouvir sobre. Tenho assuntos melhores pra conversar. Não seja desagradável.

Se quisesse ouvir merda eu virava um vaso sanitário ou comprava um cd do Restart e pronto, problema resolvido.