sábado, 30 de janeiro de 2010
Pérolas
- Então moço, cê vai na rua "Teilor" e procura esse prédio, é bem em conta.
- E fica onde?
- A rua "Teilor" fica no bairro Glória, vai lá, não tem erro. É bem em conta...
- Ah sim, vou mesmo. Deixa eu anotar aqui...
- Nem precisa anotar, só lembra do nome da rainha e vai...
- Rainha?
- É sim, não é a Elizabeth "Teilor"?
-
- Não é?
-
Senhores passageiros, desembarque do lado esquerdo.
- Tchau moça, foi um prazer.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Odoiá
Hoje é meu último dia de trabalho. To com uma sensação estranha, é difícil desapegar de uma rotina que você leva há quase dois anos – e gosta muito. Terei que me acostumar, mas a vida é assim mesmo, quando você faz uma escolha, tem que estar preparado pra enfrentar todas as mudanças e cacos que aparecerão no caminho.
Eu volto dia 02 de fevereiro, mesmo dia que a Camila volta de SP para BC... então já sabem né, fevereiro é o mês da despedida, mês pra aproveitar como fosse o último. E a volta vai ser bem no dia de Yemanjá, espero que ela, a Rainha do Mar, não queira que eu me aproxime dela enquanto tiver voando sobre suas águas. Odoiá. A não ser que seja pro avião cair em Lost – uma participação especial até que cai bem, eles estarão no ar bem na hora. Um beijo e me desejem sorte.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Sexta Insana
Fiquei com medo de que com poucas pessoas criasse uma situação constrangedora pela falta de risos. Pq platéia cheia é gargalhada na certa, já uma coisa mais "intimista" a pessoa se reserva, se acanha. Por exemplo, eu, por mais engraçado que seja o que vou assistir, tenho costume de ficar sério - não é que eu não to gostando, to rindo por dentro, então dependo das pessoas que riem ao meu redor pro ator não se sentir rejeitado. Mas ontem, desse mal ninguém sofreu, o grupo é bom o suficiente pra fazer rir uma ou quinhentas pessoas. Eu mesmo, gargalhei diversas vezes.
Única coisa que não gostei muito foi das piadas sobre política. Nem eram tão engraçadas, então parece que estão forçando a situação, deixando explicito "estamos com a intenção de fazer um humor inteligente" ou "um espetáculo que critica a sociedade", mas nem colou. Já o resto, não tenho o que reclamar.
Quem não foi ontem, recomendo que vá hoje, eles estão com novos personagens, tudo de cara nova... textos bem melhores, atores novos, ah, enfim, um excelente programa para o sábado a noite.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Terça Insana

Não percam, sexta e sábado (dia 22 e 23 de janeiro) o espetáculo "Terça Insana" estará em cartaz no Cine Itália. Ano passado tive oportunidade de assistir uma apresentação do grupo aqui em BC e garanto: vocês não vão se arrepender, pessoalmente eles conseguem te fazer rir tanto quanto no DVD! E quem não conhece deveria dar uma conferida no Youtube!
E aí, quem tá afim?
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Deus é Bial
Aquelas discussões filosóficas que os bêbados tem em bares, acontecem comigo e meus amigos
Imaginem que legal: "volta a fita, põe lá no primeiro beijo..." - "agora coloca naquele dia na praia..." e por aí vai. Tudo bem cinematográfico.
Aí fomos além. Tomei mais Sprite (pq meus argumentos só saem a base de bebidas), e entrei no espírito Trumann pra defender a idéia que tudo não passa de uma brincadeira. Que a vida, apesar de ter sempre razão, é um grande reallity show comandado por Deus. Isso mesmo. ELE espalhou câmeras pelo mundo e nas horas de lazer dá aquela espiadinha. Ele é o Bial dos céus. O Big God Brasil. Até prova de líder no mundo real nós temos - só que o poder dura por quatro anos! Imagino – claramente – a cena dele apresentando o programa:
- Salve, Salve Terráqueos! Agora vamos para a prova do anjo, vai lá Gabriel!
Ou então, quem sabe num paredão mundial:
- E hoje com 7 pontos na escala Richter, você Haiti, está eliminado!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Conversa no futuro

(...) Meu neto... - o avô pegou nas mãos do menino e continuou, no nosso tempo, hoho-ho, a gente tinha que escolher música em Ipod! Nós nascíamos bebê naquela época... não é que nem hoje.
Tinha que ver... - o menino arregala os olhos, demonstrando interesse na conversa. A gente tinha que andar, pedalar... o notebook era coisa grossa, tão grosso quanto um guardanapo... isso pra você ver como eram difíceis as coisas...
Nós tínhamos que digitar tudo no teclado... as televisões eram aquelas de plasma, LCD, um horror! Só cabiam 2.000 músicas no MP3! Vocês deveriam agradecer a vida que tem hoje... porque no meu tempo... ai... que saudades do meu tempo... era tudo tão diferente...
As crianças sabiam aproveitar a vida, brincavam o dia todo no Orkut, no msn, nos blogs e youtube... Hoje em dia vê se dá pra ser criança? Essa tecnologia roubou essa fase da vida vocês... nem no myspace podem entrar mais!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Desperdício
Dei essa flagra atrás do Shopping. Assistam. A imagem está péssima pq é de celular, mas eu não poderia deixar de filmar. E antes das imagens, dei meu show sensacionalista, pq todo mundo merece ser Sonia Abraao por um dia.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Tánabu
O dia de ontem começou sem muita expectativa, mas esperançoso, por que era sexta-feira e toda sexta deixa aquela pontinha de alegria dentro da gente.
Trabalhei durante o dia e almocei no shopping com meu amigo Robson, no Burger King. Foi a melhor coisa que já instalaram nessa cidade! Quem ainda não conhece, deve ir, é muito melhor do que o MC, do que o Bob’s... e do que o Giraffa’s também – meio óbvio, dificilmente vamos encontrar algo pior. O que é aquela cozinha encardida e sem luz?

Penso que a inauguração do Burger King, em certos pontos, é mais útil pra cidade do que a inauguração de muita coisa por aí, como por exemplo do TEATRO. Isso mesmo. Vamos combinar, ainda nem temos o “Theatro” e ele já ta dando mais confusão do que se tivéssemos dois. Às vezes fico pensando, “poxa vida, aquele teatro que não sai, aquelas obras paralisadas são o fim”... mas hoje ando pensando melhor: será que a cultura de Balneário Camboriú estaria diferente caso aquele teatro já tivesse pronto? É sério, isso é de se pensar, porque tem tanto prédio inútil aqui nessa cidade que é bem capaz de construírem um lindo elefante branco e deixarem às traças. Não precisamos apenas de um espaço, precisamos de iniciativa, pessoas que coloquem a cultura em prática. Se for pra ter mais um prédio sem utilidade, que então façam outro fast food que com certeza será muito mais proveitoso.
Então, depois de um maravilhoso Whooper com queijo no Burger King e refrigerante a vontade – sim, você pode se servir quantas vezes quiser, voltei ao trabalho e fiquei esperando a tarde passar, pra mais tarde ir na casa da Iandra ver filme.
A intenção era que fizéssemos uma sessão Almodóvar, mas parece que não podemos combinar nada, porque acabamos fazendo de tudo – menos um filme do Pedrinho Almodóvar. Mas valeu a pena, rendeu boas, ótimas, excelentes gargalhadas sobre tudo.
Depois fui pra casa me arrumar pra ir no Guacamole, tava com saudade daquele bar mexicano. Me encontrei com Maria, Nathália, Silvano e fomos. Tinha uma fila de espera gigantesca, então preferimos arriscar ir no DIDGE. Sempre tive vontade de ir naquele bar, é australiano, fica na Barra Sul, bem do lado do mexicano.
Ontem descobri onde as mulheres bonitas de BC se escondem! Tudo no Didge! Não sei se dei sorte, mas tinham verdadeiras obras de arte em movimento por lá! É sério gente, deve ser pq as coisas por lá são caras, então pobre nem chega perto, e com dinheiro, até a Susan Boyle fica diva.
Na hora de comer fiquei meio receoso, com medo de abrir o cardápio e encontrar alguma coisa estranha pra aperitivo, tipo carne de soldado e tal, mas nada disso. Algo pior. Tinham patas de jacaré e filé de tubarão! Que é minha gente, pata de jacaré??? E era uma fortuna! Não como nem de graça, imagina pagando aquilo!
O lugar era todo australiano, então o cardápio, não podia ser diferente. Pratos com nomes esquisitos não faltavam. A vergonha de pedir informações sobre determinado prato tava todo tempo dentro de mim... “será que ela vai rir da minha pronúncia?”, “será que ela acha chato eu perguntar se tudo tem cebola?”... e por aí vai, única coisa em português de lá era o preço. Não entendo... Ir pra jantar em lugar assim não dá, é mais pra quem quer um petisco e tal, porque até o tempo que a mulher demora pra explicar sobre um determinado prato, é maior do que o tempo que você leva pra comer aquele prato – porque sempre vem uma mixaria nessas coisas. Isso é uma coisa que os franceses revolveram impregnar no mundo todo.
No fim deu tudo certo, comi muito e tudo era muito bom. Recomendo a todos. Só no final, quando cheguei em casa, que é a hora que noto como a carteira ficou vazia, que pensei: será que valeu mesmo a pena gastar mais de cinqüenta reais em batata?
Depois do DIDGE, fomos dar uma volta de carro pela cidade, encontramos o Jean, fomos jogar boliche, fomos na Praia Brava... depois voltamos pra beber alguma coisa em um quiosque da Av. Atlântica.... Ah, foi ótimo! Até eu fiquei impressionado com a quantidade de coisas que fiz ontem, nem lembrava que uma pessoa pode ver vários amigos em um dia e fazer coisas diferentes!
Um passeio que era pra começar às 21h e terminar lá por volta da meia-noite, já que hoje eu tive que vir trabalhar cedo, se estendeu pra depois das 04h da manhã... então a regra é essa minha gente: não combinem nada, porque vai acontecer de tudo, menos o combinado.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
O essencial é invisível aos olhos
Essa história foi passada de geração em geração, tornando o local conhecido por este acontecimento, tendo até mesmo uma avenida batizada de “Avenida Pequeno Príncipe”.
Para os mais letrados, esta visita não passava de “história de pescador”. Seu Deca foi considerado um “Pequeno Príncipe às avessas”, já que vivia enchendo a boca para contar sobre o Exupéry e poucos acreditavam. Dizia ele, que sem saber pronunciar o nome do Francês, o autor foi carinhosamente apelidado pelos manezinhos da Ilha de “Zé Perri”.
Uma pena que S. Deca morreu sem poder provar que realmente Exupéry se encantou com a beleza da Ilha e seus costumes, pois ano passado ele foi lembrado por todos da região. O sobrinho-afilhado do escritor francês veio até Florianópolis conhecer o local que foi, por um bom tempo, motivo de anotações nos cadernos do tio... e agora, para surpresa de todos, sabemos que tudo é a mais pura verdade e que os dois, de fato, se cativaram.
Uma história um tanto quanto parecida se repete aqui bem pertinho de Floripa, em Balneário Camboriú.
Já é antiga a lenda na cidade que há muito tempo, um avião “inglês” pousou na orla de Balneário, atrás de um combustível especifico. O povo sem entender muito bem o idioma, não teve uma comunicação de sucesso, mas devido ao luxuoso transporte e pela maneira cordial em que foram tratados, disseram a todos que quem estava dentro daquele avião era ninguém menos do que a Rainha. De tanto os “antigos” falarem nessa história, aquele pedacinho de chão foi nomeado de “Estrada da Rainha”, lá no Pontal Norte. Hoje poucos sabem dessa história.
Se era mesmo a Rainha, não se sabe. Todos que presenciaram o momento fazem questão de contar essa história para seus filhos e amigos. Por que não acreditar que era mesmo a Rainha, ou então, na melhor das hipóteses, achar Exupéry também veio dar o ar da graça aqui na Maravilha do Atlântico Sul? É uma inspiração e tanto!
Pelo menos temos história pra contar. Estou pensando em inventar alguma para explicar o nome do “Morro do Baiano”. Que tal dizer que o baiano Caymmi, então só, passou por aqui ao errar o caminho de Maracangalha?
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Boceta

Desculpa àqueles que acompanham meu blog e conhecem a minha maneira de ser e escrever se o assunto de hoje pode causar certo desconforto a vocês. Aos meus amigos gays, que são muitos, sei que o desconforto é certeiro, mas peço que não me taxem de vulgar apenas por isso, por que não é bem o que vocês estão pensando. De qualquer forma, garanto que falo agora e calo-me para sempre, mas o assunto não é tão sexual quanto parece. Preciso pedir licença para escrever isso, porque é certo que volta e meia, ao decorrer desse escrito, vou soltar um comentário e outro que pode parecer vulgar, mas isso será necessário para separarmos as “coisas” – se bem me entendem. Quando quero escrever algo e não tenho oportunidade, não tenho um papel e uma caneta ou um computador para realizar tal ato, começo a me corroer por dentro e sentir uma vontade louca de cometer alguma loucura. Sim, sou drástico mesmo. E sou direto também, então vamos direto ao assunto que eu quero chegar: vamos agora falar de boceta. Sim, de boceta mesmo. Esse é o assunto de hoje. Mais atual, impossível.
Lendo “Dom Casmurro”, essa semana, minha atenção se voltou para um trecho do livro, que não sei por qual motivo eu não recordava. Lá em certa altura da obra, Machado de Assis escreve “(...) como ninguém tachou de má a boceta de Pandora”.
Quê?
Eu parei, voltei e li novamente o parágrafo que citava a dita cuja. De nada adiantou. Pensei que em uma dessas, poderia estar com tal parte intima feminina na cabeça e a danada resolveu aparecer naquela página. Mas não. Machado de Assis realmente escreveu claro e conciso, essa frase. Seria então Pandora uma desvairada que deixava seu corpo a mostra para tacharem de boa ou má? Seria ela uma puta? Não, creio que não. Estudei um pouco de mitologia grega e lembro-me, apenas, de falarem a respeito de sua caixinha.
Não me chamaria atenção se tal frase fizesse parte de uma revista pornô ou um livro um pouco mais safado, mas se tratando do grande imortal, fundador da Academia Brasileira de Letras e talvez, o maior expoente da literatura brasileira, o Sr. Machado de Assis, estranhei o fato. Estranhei porque de nada tinha a ver com o assunto até então narrado.
Se fosse, em alguma das perversões de Capitu, até acharia normal, já que “os grandões” da nossa literatura sempre dão um sentido poético às coisas e conseguem descrever bem qualquer sentimento e prazer. E convenhamos, Machado de Assis é mestre, se quisesse, poderia transcrever uma composição erótica da Gretchen que com certeza, quem lesse, ao final concluiria que a beleza que ela conseguiu extrair da letra de Conga La Conga é de uma poesia impar. Mas este não era o caso, a palavra estava lá, parada, fixa e explicita.
Talvez eu não tivesse reparado antes aquela palavrinha nas páginas de “Dom Casmurro” por achar natural, ou quem sabe, por ser muito novo quando li a primeira vez e não me interessar muito pelo assunto - se é que me entendem. Ao contrário de hoje, que li e já imaginei Pandora nua na capa do livro.
Fui procurar uma explicação. Melhor, um outro significado para “boceta”, já que dentro de mim acreditava que Machado, um grande conhecedor da língua portuguesa usou-a no sentido verdadeiro da palavra (que eu desconhecia), portanto, deveria existir outro significado. Mais fácil pensar assim do que já concluir que Machado não passava de um pervertido que enfiava boceta aos quatro cantos do livro – ainda bem que não é o contrário.
Então, fui perguntar a um grande amigo, o Aurélio: o que era boceta? Se Aurélio fosse uma pessoa, com certeza me chamaria de homossexual. Sorte a minha que Aurélio é um dicionário e não me discriminou pela ignorância em etimologia. Aliás, grande parte da população também não deve saber.
Lá estava o verdadeiro sentido de boceta, que não era apenas dar prazer ao homem e às lésbicas. Boceta significa “pequena bolsa”. Na hora eu pensei, “ah, então é por isso que as grávidas dizem que estourou a bolsa”. Pensei que então que elas dissessem isso, para de uma forma sutil, avisar que estourou a boceta. Só que então eu cai na real e vi que não, nenhuma mulher falaria uma coisa assim com tanta naturalidade, até mesmo porque elas lembram disso em qualquer situação, em um almoço, jantar ou até mesmo no ônibus, chega a ser vulgar se pensar desse forma. Então fui mais a fundo (no dicionário, que fique claro!) e li a alusão que fazem com a Caixa de Pandora, chamando-a também de Bolsa de Pandora. Pronto, tudo explicado, aquilo me uma luz (to falando luz no sentido de idéia, não no sentido de saírem coisas pela “bolsa”, se é que ainda me entendem).
Caixa de Pandora, Bolsa de Pandora e Boceta de Pandora era tudo a mesma coisa. Resumindo, uma bolsa pequena, é chamada de boceta. Porque não “bolseta”? Seria mais fácil identificar sobe o que se trata, porque convenhamos, Machado que me desculpe, mas dessa forma o senhor só confunde a cabeça das pessoas (me refiro à cabeça de cima, mesmo que o assunto principal esteja mais relacionado com a de baixo, se é que mais uma vez vocês me entendem. Pior que isso, é o diminutivo de “rua”...
Para quem não sabe, a tal Boceta de Pandora, que eu só conhecia por Caixa de Pandora é uma referencia à mitologia grega. Pandora, a primeira mulher, recebeu de Zeus uma caixa onde estavam guardados todos os males do mundo. Eu sempre achei que essa história tinha um duplo sentido, uma mensagem subliminar, sabe? Agora, mais do que nunca tenho essa certeza! Antes eu desconfiava dessa história, porque minha mente poluída sempre pensava em sacanagem quando ia pra “segunda” parte da história, que é quando Pandora se casa e bruscamente seu marido “abre a caixinha”. Sempre associei isso à virgindade e ao sexo, ainda mais que o nome do grego era... adivinhem qual era... não, não era Zé Mayer, era Epimeteu. Prestaram atenção? Fizeram a separação de silabas? Pois bem, foi aí que Epimeteu...
Quando Epimeteu meteu a mão lá (ou qualquer outra coisa, que não vem ao caso agora) e abriu a caixa de Pandora, todos os males escaparam, espalhando-se pelo mundo. No fundo da caixa, restou apenas a esperança. Aí vem aquela história de que todo o mal vem da mulher, ou então, na minha adaptação, que depois que o homem descobre o poder da “caixinha da pandora” (sim, to falando entrelinhas) ele se ferra e se torna dependente dela, motivo pelo qual as mulheres dominarão o mundo, já que possuem o objeto mais procurado da face da terra. Um dia, o ouro há de se acabar, já as... bom, vocês não são bobos e entenderam.
Um pouco de cultura faz bem a todo mundo. Eu precisava compartilhar essa descoberta com vocês – não da boceta, mas sim o fato d’eu estar achando que Machado de Assis era um pervo e safado que se confundiu ao diagramar seu texto, com “trocas de palavras” que ninguém ainda havia visto. Já tava doido pra fazer uma correção em “Dom Casmurro”, imagine que honra, eu, morando em uma casa sem portão, corrigindo o grande mestre. Mas não foi dessa vez...
Bom, deixem-me voltar a minha leitura, se eu descobrir mais alguma palavra até o fim do livro venho aqui compartilhar com vocês, assim como fiz hoje com a boceta – se tem alguém lendo só esse parágrafo e não sabe sobre o que esse post se trata, só digo uma coisa, não, eu não estou de falando de surubas e menages, não to compartilhando nada disso.
Ai, deu desse assunto. Deixa esse assunto ir dar. Vou continuar a ler, quero ver dessa vez descubro se Capitu realmente deu ou não deu sua bolsa no diminutivo para o amigo de Bentinho...

p.s: o diminutivo de rua é “ruela”.
p.s 2: a foto do inicio da postagem eu peguei com o Robson, e amigos mente poluídas, é apenas um abajur.
p.s 3: continua em promoção nas lojas Americanas.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Profetizando
MULHER MELANCIA GANHA CIRURGIA DE REDUÇÃO DE ESTÔMAGO
E vai ser no novo Programa do Gugu! Ou no da Sônia Abraão? Que seja, qualquer um dos dois fazem esse tipinho. E com certeza até lá ela já vai ter feito muitos filmes (alguns pornôs), muitas dietas, vai virar evangélica, vai participar de A Fazenda, gravar cd’s, participará do "Qual é a música?" e tudo mais que essas sub-celebridades instantâneas fazem que duram a eternidade dos programas "B". E que o povão aplaude!
Êta Brazil!
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Brilhos de Natal? 2012?

No post anterior, há cinco minutos atrás, falei do Papai Noel, que era lindo e tal. Falei também que o evento foi mal organizado... só que isso não basta, notícia quentinha (e põe quentinha nisso).
Ele pegou fogo e acabou.
Moral: nunca deixe pra fazer amanhã o que você pode fazer hoje. Quem não quis ir na inauguração porque ia ter muita gente, não vai mais ver. Quem não quis tirar foto ontem com aquela chuva, pra esperar um dia ensolarado, também nunca mais vai tirar. A vida é assim.
Pois é minha gente, Brilhos de Natal... como disse o tio Piriquito, um natal como você nunca viu antes!


p.s: eu juro que não tenho nada a ver com isso. Disse por acaso que um dia acabariam destruindo ou pondo fogo. Na real, acho que eu dou azar. Fui ver ontem o Brilhos de Natal e se transformou em Fumaças de Natal. Ô vidão...Vídeo dele pegando fogo:
Triste ver que isso aconteceu. Era um lindo investimento, com certeza foi bem caro e não tinha seguro. O espiríto natalino é mágico, precisamos disso em Balneário Camboriú. Espero que com forças a Prefeitura não se deixe abalar e continue investindo na linda decoração de Natal aqui em Balneário, que não víamos há anos. É importante para as crianças e para o turismo.
Os bombeiros ainda não sabem afirmar a causa do incêndio, mas explicaram que a estrutura, feita de papel e algodão, facilitou a ação do fogo. Em cinco minutos toda a estrutura foi consumida pelo fogo.
Dia 05 tem a inauguração da Casa do Papai Noel (que antes tinha um apê no Edificio Joelma) e da Fábrica de Brinquedos (inspirada em Roma, quando Nero estava por lá). Claro que eu não me arrisco em ir nessas inaugurações, mas fica o convite pra todos. Pra todos que tem coragem.
Piriquito brilha no Natal
Não costumo ir a eventos públicos (inaugurações e afins) e nem ver crianças se apresentando, por mais que seja minha sobrinha, eu sou desnaturado e não costumo ir mesmo.
Ontem, como houve uma junção dos dois, eu fui. Inauguração do Papai Noel de
Eu não lembrava que 15m era tão grande. Ficou lindo aquele velhinho barbudo na praça! Só acho que deveriam ter deixado ele pronto para inauguração, e não deixar pra terminar de pintar as botas dele lá na hora.
Esse é o tipo de construção que se não cuidar, um dia os vândalos acabam destruindo, escalando ou pondo fogo.
Não gosto de eventos assim por causa muvuca que se forma. Aquele monte de gente me dá fobia. Pessoas gritando, suadas e de regata me dão nojo. Já deu pra perceber que não sou muito chegado em um agito, né?
E querendo ou não, um evento público é sempre invadido pelo “povão”, que na maior parte não tem educação e admiram sua própria ignorância. Mas não era só o povo mal-educado, o prefeito também pisou na bola.
Quando o chamaram para discursar, além de todos os milhares de agradecimentos e babações de ovo, ele não parava de falar. Falava de mais. Antes fosse se ele só falasse, mas ele gritava. Atuava.
Todos sentiam a “atuação” porque ninguém é bobo de acreditar que alguém fica tão empolgado e histérico daquela forma pelo simples fato de inaugurar um Papai Noel.
Então o povo não agüentava mais. E pra ajudar na noite-apocalíptica-do-evento-municipal o tempo estava fechando. Pareciam as gravações de 2012: aquele homem berrando, as pessoas ansiosas, trinta crianças do coral esperando pra cantar e o céu avisando com relâmpagos “vai chover aêee”.
Então, naquela aflição, os pais começaram a gritar “coral, coral, coral” para que ele encerrasse o discurso e deixasse seus filhos cantarem.
Não adiantou de nada, a única coisa que fez o prefeito cair em si foi a chuva que começou a cair nele. Muita chuva. Muita.
Então ele saiu, e as crianças, embaixo daquela aguaceira, começaram a cantar algo do estilo “Noite Feliz”. Ironicamente. Que estava mais para “Noite Fiasco”, porque pra ajudar, deu problema na parte elétrica, deu um estouro, todas as luzes da praça apagaram e desligaram os microfones, caixas de som e afins.
Pronto. Todo mundo achou que o mundo ia acabar e saíram correndo, inclusive as crianças do coral.
Achei de extremo mal gosto o prefeito estender o seu discurso daquela maneira vendo a chuva que estava por vir. Principalmente pelas crianças e pelo outro coral que ia se apresentar. Ele queria roubar a cena. Aliás, essa é atitude mais comum entre os políticos.
E não deu outra!
[momento Drummond]
as crianças se molharam,
não se apresentaram,
a luz apagou,
a festa acabou,
o povo sumiu
e só ele falou.
E agora, Prefeito?
Que feio.
domingo, 15 de novembro de 2009
Mrs. M
Meu vô, pouco antes de morrer, quase não conseguindo falar, pedia pra falar com a “Ma...” e não completava o nome da pessoa.
Minha vó não sabia o que fazer. Chamou minha mãe, a Maria, com esperança de que uma conversa com ela fosse a vontade do meu vô. E foi.
Na verdade, se foi mesmo eu não sei e vou morrer sem saber, mas logo ele partiu... Melhor acreditar que sim, que essa era sua última vontade, porque são a partir dessas histórias que giram as melhores conversas de família!
Agora sendo realista, até hoje não entendi como ela chegou nessa conclusão, achando que “Ma...” era minha mãe, já que o nome de suas outras filhas são Marlene, Marizete, Maristela, Marli e Marlete! E como meu vô só chamava pela primeira sílaba, como adivinhar?
Deve ser tradição de família essa coisa dos filhos terem o nome com a mesma letra. Minha mãe, nos filhos dela, colocou: Rodrigo (eu), Renata e Rogério. A casa do R.
Na foto está eu e meu vô:
sábado, 14 de novembro de 2009
Custo da coragem
To brincando, também não é desse jeito. Posso não saber o que quero fazer, mas sei em que área quero atuar. Esse é o mais importante. O que eu realmente quero fazer, bem na real, vou morrer sem saber, porque de uma coisa eu tenho certeza, seja lá o que eu escolher, vou querer mais que aquilo, vou querer fazer de tudo um pouco.
O jornalismo é uma junção de assuntos que me interessam: comunicação, literatura, cinema, política, etc. Tudo em um só.
Acho que eu sou uma das poucas pessoas que quer fazer um curso apenas por prazer, por paixão, sem pensar no retorno financeiro. Sei da atual situação do jornalismo no Brasil e no mundo, se fosse uma decisão inteligente e racional, com certeza não seria esse curso o escolhido, mas a minha intenção, antes de qualquer coisa, é aprender. Estudar algo que eu gosto. Ser quem eu quero ser.
O jornalista pode até atuar sem formação, o fundamental é ter talento para aquilo, mas quanto mais conhecimento e cultura essa pessoa possuir, mais chance de seus escritos terem uma qualidade maior. Se não vencer pelo talento, venço pelo esforço.
Não me vejo atuando no campo do jornalismo. Na real, nem quero. Pretendo ter a minha profissão e no tempo que me sobra, dedicar à arte. Esse é um pensamento racional, porque querer viver de arte é pedir pra morrer de fome. São exceções que se dão bem, e quando queremos algo, é melhor pensar que não somos a exceção para mais tarde não se decepcionar.
O ideal é fazer como o Bonner: primeiro, você se torna um profissional exemplar e bem sucedido, então depois passa as tardes na internet (twitter e afins) e não ao contrário, como eu. Claro que depois não precisa ser tão viciado quanto o @realwbonner...
Além do vestibular, tentei o processo seletivo (que nada mais é do que as vagas que sobraram sendo disputadas por quem não conseguiu passar ou não quiseram tentar o vestibular). Uma iniciativa admirável das faculdades para com os estudantes? Nem tanto, só se for pro bolso da Universidade.
Mas isso não importa, só quero começar o curso. Desculpem o termo que vou usar agora, mas o vestibular é... não, não vou usar o termo, vou falar entrelinhas: ele é como aquilo que as pessoas fazem nove meses antes de nascer um bebê: não importa a posição, o importante é entrar.
Cara nova
Fiquei com o blog uns dias fora do ar pra dar tempo ao tempo e criar outro com mais calma. Esse é o resultado. Espero que gostem.
Aos poucos vou postando coisas novas e reeditando alguns textos antigos, para deixá-los todos reunidos em um só lugar. O antigo endereço, “Dopamina”, deixem por lá, vai ficar bloqueado até que me dê outra crise virtual existencial.
Para o título me inspirei no poema de Drummond, “E agora, José?”, que declamo quando estou bêbado. Mentira, nunca declamo e nunca me encontram bêbado!



