quinta-feira, 1 de abril de 2010

Vou falar de BBB

A etiqueta pede que, por respeito, sobre os mortos ou àqueles que já não estão mais aqui, falemos somente o bem. Pois então. O BBB não está mais aqui, acabou. Que bom.


Dourado, ex-BBBBBB

Não que eu tenha algo contra ao programa, nada, absolutamente; eu só não assisto por falta de afinidade (como diriam os brothers).

Comemoro o seu fim por que o trânsito na internet e no programa da Sonia Abraão ficou mais aliviado, já que só se falava em Big Brother, dando espaço para outros assuntos mais importantes. Penso que, com o fim do BBB e do julgamento dos Nardonis, se acabar o calor do Rio do Janeiro e as chuvas de São Paulo, faltará assunto pro jornalismo e para nossas conversas de elevador. E o twitter então? Prefiro nem comentar... é capaz de falir, porque lá só falam disso!

Pelo fato do BBB ser um programa de sucesso e muito comentado pelo povo, ficamos por dentro de vários detalhes, como por exemplo, da indignação de muita gente com a vitória do jogador Dourado. Eu assisti o programa poucas vezes, entre uma troca de canal e outra, e pude fazer algumas observações.

Se quiserem criticá-lo, critiquem sem falsos argumentos. Disseque a pessoa tal como ela é. O meu modo de vê-lo é imparcial, já que não acompanhava o programa não tive torcida para ninguém, então, com todo respeito a quem assiste, pra mim é indiferente quem vence. Eu admiro o fato dele ter ganhado por que prova que podemos fazer tudo diferente quando temos uma segunda chance; e desprezo a sua ignorância e falta de cultura. Explico por que:

Pra quem não assiste ou mora noutro planeta, fique sabendo que sim, existe um jogador que chamam de Dourado. Não, não é o nome do prêmio. E ele teve uma segunda chance, antes de entrar nesta décima edição (parece que foi ontem que o Bambam ganhou), já havia participado do jogo anos atrás.

Realmente foi um jogador, já conhecia os esquemas da casa e do público, pôde provar que a prática realmente dá experiência e leva à perfeição, ou melhor, a um milhão e meio (que é mais do que perfeito).

Não precisamos ir às fábulas de La Fontaine pra extrair moral ou ler Voltaire pra refletir, às vezes, de um simples programa de TV podemos ver exemplos de belas filosofias postas em prática que deram certo. Admiro-o por ter ganhado porque soube aproveitar essa segunda chance, que é o que todos nós deveríamos aprender: valorizar quando ganhamos uma nova oportunidade e mostrar que todos os erros nos deram forças e conhecimento para agir de forma diferente. Tá, vocês me dirão, “é um programa de TV”, “é uma coisa fútil”... e eu vos digo: e daí? o que importava nisso não 1,5 milhão que ele levou pra casa?

Aqui fora, acusaram-no diversas vezes de ser homofóbico... se é, pode ser fora da casa, por que lá dentro não demonstrou. Não é o fato de ter um porte másculo que o faz ser contra os desprovidos de masculinidade. A vida é assim. Um magro não odeia uma pessoa por ser gorda (as vezes o contrário nem tanto, but), não é o fato de serem opostos, que os tornam rivais. Viva a diferença.

A guerra que apresentou esse dilema foi criada pelo próprio público, que quer ver fogo em tudo. Se tem um gay concorrendo com um hétero, já acham que é preconceito o gay perder. Isso não tem nada a ver. Não são as campanhas defensoras da igualdade que dizem que antes da opção sexual, temos que ver que "são pessoas"? Pois bem, se a bicha não ganhou, é porque ela não mereceu, e não pq dá o rabo. Igualdade é isso, respeitar a diferença. Criaram inúmeras campanhas criticando o Dourado, com emblemas de “abaixo a homofobia” e coisas do tipo, sem motivo. E é esse tipo de atitude que estragam verdadeiros protestos quando feitos com argumentos , e fazem da luta gay uma piada. Pra quem não sabe, homofobia é quem não gosta de gays, nada a ver com quem é contra lavar roupa, ok?

Dourado, dentro da casa, não foi preconceituoso. Ele provou ser outra coisa: ignorante. Tal como boa parte da população desse país, ele acha que a mulher não transmite AIDS. Disse que somente homossexuais possuem HIV. Mas fique claro que isso não homofobia, se chama: desinformação. Pelo menos agora, fora da casa, vai ter tempo suficiente pra aprender um pouco mais sobre DST.

Como eu disse, não admiro o Dourado pelo o que é, até porque não o conheço, e sim a forma que jogou. Outra besteira que ele disse é que se uma lésbica desse em cima da namorada dele, ele bateria nela. Que é isso, Meu Deus? Covardia? Será que falando assim, em rede nacional, ele pensou que o povo aplaudiria... “é, vejam só como ele não é preconceituoso, ele agiria com uma lésbica da mesma forma que agiria com um homem... legal”.

Mas mesmo assim ele ganhou. Mesmo assim o povo votou. Por isso o chamo de “ganhador”, conseguiu, dentre tantas besteiras ditas, convencer o público. Tem a lábia. É ladino. Aproveitou a nova chance. Ele convenceu o povo da mesma forma que um político convence um eleitor. É isso que me assusta!

Tanta indignação pra nada, né? Quem ficou milionário é ele, não você. Aliás, ele nem sabe que você existe, então pára de se estressar em vão e trata de voltar a vida ao normal. Agora que o ano novo, carnaval e BBB já passaram, o 2010 pode começar né? Se bem que é melhor passar o feriado da Páscoa... brasileiro é assim (e é isso que me assusta, já digo o porquê).

Nas feiras dessas sexta-feira santa o assunto também vai ser BBB, até porque existe um peixe com o nome de Dourado... será que foi uma boa ele ter saído justo na semana santa?

Pra ganhar esse prêmio não precisa ser intelectual, nem ter cultura, tanto faz como tanto fede. Único, até hoje que venceu o realitty show e tinha “cabeça” era aquele Jean, aliás, muito inteligente por sinal. Já outros, que eu lembro, deixa eu ver... Kleber Bambam, que trabalhava na turma do Didi, hoje tem um grupo de funk, e disse que pensa entrar para política (em outro post transcrevo uma entrevista dele os deixarão boquiaberto)... pois é minha gente! Política!

É disso que eu estava falando! Brasileiro é assim. Isso que me preocupa, o público vota em qualquer um! Lá não importa quem ganha, mas aqui fora é diferente e muita gente não pensa assim. Esse mesmo público é que vai eleger o próximo presidente da República! Vocês não sentem medo?

Baby

Existem coisas que só o mestre Caê consegue dizer. Com toda ironia que houver nessa vida (e sabor de fruta mordida), dedico estes versos a você, meu amor. Meu grande amor:



“Você...

Precisa saber da piscina

Da Margarina

Da Carolina

Da Gasolina...

Você....”

(VELOSO, Caetano – Música “Baby”)


Clap clap clap, palmas! Eternamente, palmas. Esqueçam de Yolanda e só palmas, vamos, aplaudam. Clap, clap e clap’s. Genial.


terça-feira, 30 de março de 2010

Despertador mãe

Sabe, morar sozinho, sem o paninho quente da mamãe não me fez sentir falta da comida pronta e da roupa lavada, mas de uma outra coisa: do despertador que minha mãe era.

- Rodrigo, acorda, já são oito horas. Vai trabalhar.

E era assim, desde criança:

- Digo, levanta, é hora de ir ao médico...

- Filho, vai se arrumar pra ir pra aula, desse jeito vai se atrasar.

Muitas pessoas enjoam do toque do despertador, pegam trauma daquele som que destrói um bom sono! Já eu, enjoei do meu nome. Infelizmente tive que associar. Mas de uns dias pra cá, eu percebi a falta que isso me faz!

Por exemplo, nenhuma programação que eu faço me deixa tranquilo quando lembro que tenho que acordar cedo, ao contrário de quando eu tinha minha mãe. Aliás, eu ainda tenho minha mãe, desse jeito parece que ela morreu. Me refiro a ela aqui comigo... que não me acorda mais... claro que se tivesse morrido, não seria sobre ela ser um despertador que eu falaria, né não?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hora do Planeta

Que dia bonito hoje, hein? Vocês não se sentem melhor? Como assim, “melhor pelo quê”? Pela “hora do planeta”, ué!


A famosa “Hora do Planeta” já acontece há alguns anos, uma iniciativa da rede mundial WWF para conscientizar a população sobre mudanças climáticas, sugerindo a todo mundo que durante uma hora do dia apaguem todas as luzes.

O mundo todo participa. Vários países ajudam apagando a iluminação de famosos pontos turísticos, como a Torre Eiffel em Paris, o Big Ben em Londres e a Ilha das Cabras em Balneário Camboriú (SC). Hhahaha, colocar a Ilha das Cabras no mesmo nível de Paris e Londres foi mal, desculpa aê...

Então, este ano o “projeto” ocorreu no último sábado. Não perceberam que durante às 20h30 e 21h30 muitas casas estavam com as luzes apagadas? Pois é, era por isso seu bobão, não me vai dizer que achou que as pessoas foram dormir tão cedo num sábado?

É um projeto legal. Cinematograficamente legal. Uma idéia a la Dali e Buñuel, mas penso: ajuda mesmo? Conscientiza alguém? O que adianta fazer a “sua parte” e logo às 21h31 voltar a destruir o planeta? Lembrando que a idéia é essa: conscientizar, uma forma de protesto; e não economia, por que uma hora de luz apagada sabemos que não salva ninguém. Pensem bem antes de taxar a iniciativa como “hipocrisia”.

A idéia é boa por ser uma oportunidade de fazer o mundo refletir sobre suas próprias atitudes, causas e efeitos, em conjunto; porém, a hipocrisia vem dos governantes que fazem um estardalhaço desta campanha, como se isso fosse a solução imediata para algum problema.

Deveriam ter decidido algo pelo planeta naquela convenção que teve em Copenhagen, onde o clima só esquentou (em todos os sentidos) e não saiu porcaria nenhuma de acordo.

Muita gente não ficou sabendo da iniciativa pq as emissoras de TV não são bobas de anunciar, né? Deveriam fazer como no horário de verão, orientando a troca de horário... com a mensagem de “desliguem seus televisores”. A informação sobre a iniciativa correu mais pela internet, para o azar dos anunciantes, que pagaram fortunas pra colocar uma propaganda no horário nobre e o povo desligou a TV.

Eu fiz minha parte. Desliguei tudo movido a energia elétrica, com exceção do ventilador, pq morrer de calor justo na hora do planeta ninguém merece, né? Como me achariam nessa escuridão?

E pior seria o espírito, imaginem a dificuldade de caminhar pra luz na “hora do planeta”?


Essa foto é da Torre Eiffel, linda não? Mesmo apagada, o charme da Cidade Luz não desaparece nem por um segundo. Aqui no Rio, se resolvessem apagar a luz da cidade toda, capaz de levarem até o Cristo! Eu soube que sábado a noite, durante a “hora do planeta”, apagaram 7 só na Rocinha!

Sem contar os gritos... “Ei, quem passou a mão na minha bunda?”, ou então choros, dentro do metrô “Mãe, mãe... nós vamos morrer?”. E na novela então, com o Zé Mayer por perto, imaginem quantas grávidas vão aparecer?

Me senti Deus quando a “hora do planeta” estava se esgotando. Já cheio de hematomas, por tropeções, fui até o último andar, olhei a cidade ao redor, naquele escuro nada me interessa, eu finjo ter pressa, me preparo, sinto-me como Zeus no Olimpo, ta dando 21h30 e grito...


– Faça-se a luz!


E a cidade se acende. Repito em latim, “fiat lux”. O poder está em minhas mãos. Então eu volto, ligo a TV e me deito... sentindo muita pena das pessoas em coma, que morreram nos hospitais que resolveram participar (é mentira, ta?).

Ou então das grávidas, que tiveram de esperar uma hora pra dar a luz... espero que não tenham apagado o namorado da Madonna por engano.


Dúvida cruel: quem teve coragem de apagar as luzes em Brasília? Logo no Planalto?

domingo, 28 de março de 2010

Dieta


Se assim como eu, você está pretendendo fazer um regime quando passar a Páscoa põe o dedo a-qui-que-o-a-ba-ca-xi-já-vai-fe-char!

Na real não vai fechar não, vou parar de mentir pra você. Isso, claro, desde que você pare de mentir para si mesmo, pq vamos falar francamente, essa dieta, ou tantas outras que você programou pra começar em alguma segunda-feira, não vai sair. Não por que você não tenha palavra, mas pq quando se quer de verdade, fecha a boca e pronto, sem estipular prazos e datas.

Um amigo no twitter (@Biliz_) disse que começou uma essa semana e está indo bem, porém acredita que ela vai morrer na Páscoa. A dica que eu dou para quem está nessa mesma, que cai nas tentações dessas datas festivas, é que se morrer na Páscoa, ressuscite no 3º dia. Isso mesmo. Conheço pessoas poderosas que conseguiram, se tornaram famosas e já estão na mídia há mais de dois mil anos.

Sei que eu não sou a melhor pessoa pra dar conselhos sobre dietas, os quilos falam por si. Mas eu tento. Já tentei a dieta da sopa, mas não deu certo: deu sopa, eu como; A dieta da hora, tipo resultado parcial da Tele-Sena: como de hora em hora; E até a dieta da roupa, já que preto emagrece, fiz algumas vezes chá de blusa preta, mas de nada adiantou.

Comece por pequenas mudanças no seu dia-a-dia... aquelas dicas básicas dos nutricionistas: ao invés de usar o elevador, suba as escadas; para ir ao mercado, deixe o carro de lado e vá a pé. A partir desses conceitos, visando minha saúde, desisti de comprar um carro e me conformei em morar numa casinha simples, que nem precisa de elevador pra me tornar mais sedentário. E mais: descobri que a televisão engorda, então já sabem né, parem de comê-las.

O jeito é rezar.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tarda e falha sim


Mesmo a culpa do casal Nardoni estando bem explicita e a acusação nas mãos do excelente promotor Cembranelli, tenho medo da nossa Justiça. Não sei se as pessoas percebem, mas quando a justiça tarda, já está falhando. Justiça tem que ser feita agora. E ser cumprida sempre.

Alguns casos me surpreendem. O maior exemplo é dos assassinos da atriz Daniella Perez, que estão soltos. Mesmo admitindo a brutalidade, Guilherme de Pádua é pastor em uma igreja de Minas e Paula Thomaz virou advogada. Ironia, não? Um pregando a palavra de Deus, e outro da justiça. E mataram uma pessoa com 18 punhaladas. Quero saber se ele, tão violento e frio (a ponto de consolar Glória Perez, a mãe de quem ele matou) tem uma procuração pra falar em nome de Deus, já que tanto repete que está perdoado.

Boa parte do povo é burro, não estão nem aí para os fatos. Fecham os olhos para a realidade. Se comovem na hora, mas se esquecem da gravidade com o passar do tempo. É sobre o povo que pergunto: loucos ou cruéis? Exemplo clássico é daquela moça que casou com o Maníaco do Parque, mesmo sabendo que ele matou diversas mulheres antes dela.

Não posso dizer que sinto vergonha em ser brasileiro, por que não é só aqui que temos problemas com a impunidade. Até no Vaticano. Aliás, é tão clichê falar de padres pedófilos que às vezes isso soa mais como lenda do que realidade, talvez por este motivo tantos casos passam batidos. Uma coisa que está me intrigando sobre esse padre que abusava das crianças surdas-mudas, e que o Papa acobertou, é que só veio à tona agora que uma jovem abusada por ele veio à mídia. Mas ela fala?

Como cantaria Ana Carolina, lésbica e parte de um grupo que defende uma bandeira discriminada pela Igreja, e não por pedofilia, ao contrário dos padres que lá estão abusando de meninos e que são tão gays quanto: “peço paz aos filhos de Abraão, quero Gandhi na melhor versão”. E nada te faltará.

Ponto de Impacto


Eu nunca havia lido um livro do Dan Brown. Lembro que quando saiu “O Código Da Vinci” vi uma resenha interessante e tentei ler, mas não consegui sair das primeiras páginas. Sei lá, falavam tanto dele que me dava preguiça.


Mês passado peguei “Ponto de Impacto” pra ver sobre o que se tratava. Nasa, agentes secretos, NRO e política americana, nada a ver comigo. Então comecei a ler.

Me surpreendi com a qualidade. A escrita dele não é nada de outro mundo, até bem simples, mas a capacidade de formular conspirações e teorias é impressionante. Admiro muito quem consegue criar boas histórias, muitos laços e entrelaçá-los de uma forma que prende a atenção do leitor.

Quando terminei de ler fiquei abismado com quantidade de informação que adquiri, porque mesmo sendo ficção, a história tem um pano de fundo real, então ele descreve com detalhes cada cenário, cada Organização, dá todas as informações sobre o que está falando para que o leitor entenda a situação como se já manjasse sobre o assunto. Uma verdadeira aula. Logo, da história em si, devo me esquecer em breve, mas informações como lendas que povoam a Casa Branca, confusões do cenário político americano ou certos momentos históricos da NASA, com certeza, durante muito tempo ainda vão servir de base para mim. Vou procurar mais esses autores da grande massa.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Irritar sem fronteiras


Sem telefone para contato aqui no Rio, fui na Tim comprar um celular novo. A moda agora é aproveitar a promoção Infinity Pré... vou dar uma de Aracy, da TopTherm: Com o Intinity Pré você liga para qualquer TIM e paga apenas R$ 0,25 centavos pelo primeiro minuto! Isso mesmo!


Então no processo da compra, tive que passar todos os meus dados (isso porque eu só queria um chip). Perguntaram tudo. Até qual minha cor de jujuba preferida. E eu precisava passar um telefone para contato.


Como assim? Se eu to indo comprar um telefone, talvez seja porque eu não tenha um! Vai dizer que no mundo de hoje não existem mais pessoas que ficam sem celular e precisam comprar um novo?

- Senhor, só posso efetuar a compra com um número do senhor para contato aqui no Rio de Janeiro.


- Mas eu não tenho, moço! Justamente por isso que to aqui comprando.


- Assim vai ficar difícil.


Ai que atendente abusado. Ai que vontade de ligar pro Procon. Eu estava indignado:


- Não entendo... lá onde eu moro não é assim, não precisa disso...


- É, mas aqui temos este processo. Aqui não é onde o senhor mora.


Deu vontade de responder que SIM, aqui é SIM onde eu moro. Pelo menos a partir de agora. Não dá pra entender essas empresas que fazem milhões de propagandas pra vender e quando o cliente quer comprar parece que tentam evitar, como se tivessem fazendo um favor para mim, sendo que é o contrário, eu que estou dando opção em comprar com eles. Se não fossem os vinte e cinco centavos de cada ligação eu teria desistido!

terça-feira, 23 de março de 2010

Paladar mandarim

Acabei de chegar da rua, fui resolver uns problemas relacionados a minha documentação (falando assim pareço ilegal, né?) e comi no “China in Box”.


Acho que não existe comida mais nojenta do que o Yakisoba. Primeiro pq eu não sou muito fã de macarrão, principalmente espaguete, que parecem minhocas. E quando colocam queijo-ralado então, lembram minhocas enroladas na areia. Ai, é sério gente, eu tenho essa frescura. E o Yakisoba, além de macarrão, vem com aquele molho cheio de legumes e verduras, uma mistureba, que esteticamente, não é nem um pouquinho agradável. O do “China in Box” vem com uns brotos de bambu cortados de uma forma que lembram cebola, então mesmo não tendo essas malditas ali, sempre que vejo, lembro delas.

Mas tudo bem. Abri uma exceção no meu cardápio por que fiquei com vontade (desejo, acho que to grávido) e pedi um prato de Yakisoba... cheio de brotos de bambu, que apesar de lembrarem cebolas, eu adoro – minha tática é comer de olhos fechados, o que os olhos não vêem, o coração não sente! E num restaurante chinês, comer com os olhos fechados só faz os outros pensarem que você é um dos donos, então nem fica estranho. Só abri pra ler a “Sorte” que vem dentro daqueles biscoitos.

Falando nos biscoitos, alguém sabe me dizer como eles são colocados lá dentro? Antes de assar? E não tem risco do papel grudar na massa e as pessoas comerem por engano?

Ao contrário de muitas pessoas, quando como “chinese food” não me sinto oriental não. Me sinto em Manhattan. Ao lado da Miranda, Carrie, Samantha e Charlotte.





Ao vir pra casa, vim de ônibus. Antes de ir pro ponto, recuperei o fôlego de tanto comer e deixei a comida descer um pouco (ai que primitivo falar assim), porque ninguém merece sair num busão pulando loucamente de barriga cheia né?

A experiência no bus foi traumática. Apesar d’eu gostar muito dessas aventuras (até mesmo quando não tem banco e eu fico de pé naquelas curvas do Joá, me sinto no Beto Carreiro), juro que um dia, se tiver oportunidade de fazer um filme, vou me inspirar em “Um bonde chamado Desejo” pra gravar aqui no Rio “Um ônibus chamado suvaco”. Com “U” mesmo.

Ai, como tem gente porca nesse mundo. Não conhecem banho, chuveiro, sabonete? O governo deveria, além de vale transporte e vale alimentação, exigir que algumas empresas dessem vale desodorante!


Uma coisa engraçada que eu noto aqui, é que eu povo faz fila pra pagar ônibus. Engraçado que eu digo é no bom sentido, não que eu ache graça em ver trabalhadores dependendo de transporte público, mas é que eles são organizados e respeitam a vez no ponto... é sério, fila indiana mesmo, um atrás do outro pra subir no busão. Não é que nem em BC que quando a Praiana chega o povo sai que nem louco pra garantir um lugar sentado. Isso é coisa de animal. Mas claro que não adianta ser apenas educado, tem que ter higiene também. Melhor um animal cheiroso do que um educado fedido.

De dentro do ônibus, vemos como espectadores, muitas coisas acontecerem pela cidade. E passamos também por vários cenários. Um dia vou levar a máquina fotográfica junto pra registrar algumas coisas e postar aqui.

No meu cel tem várias imagens, mas não consigo passar pro pc... tem imagens curiosas, como por exemplo de um grupo de pessoas que rezavam em frente a um incêndio que estava acontecendo no Centro (e que destruiu um casarão histórico); de vendedores ambulante vendendo o DVD pirata de “Avatar”, dizendo que era versão 3D - e vinha com óculos; ou de estabelecimentos com nomes não criativos, como por exemplo “Pizza Legal”. Poxa vida, dá vontade de perguntar pro dono: é assim que você classifica sua pizza? Legal? Que coisa sem graça! E pior ainda, na caixa da pizza vem uma foto dela sorrindo! Se pagando de legal!

Também tem o HortiFruti Varejão. Varejão? Isso não lembra aquela mosca grandona?



Será que é o melhor nome pra se colocar num lugar que vende hortaliças? Acho que não.


E pra finalizar, vi uma farmácia interessante, se chamava “DrogasMil”.


No Rio de Janeiro, pôr esse nome no seu próprio estabelecimento? É suicídio empresarial!