segunda-feira, 31 de maio de 2010

O sexo e a cidade


Hoje fiz um programa de mulherzinha: fui ao cinema assistir o filme “Sex and the city 2”. E pra ficar mais gay, com a companhia de quatro amigas: Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte.

Quem não é fã da série talvez não goste tanto do filme, verá como uma comédia americana qualquer, porque não mostra nada de novo. Já pra quem gosta o sentimento é diferente, porque você já conhece aqueles personagens, sabe da personalidade e dos conflitos de cada um, então tudo passa a ser diferente. Por exemplo, não curto muito besteiróis americanos e diversas cenas deste novo filme poderiam entrar em um roteiro deles, mas neste caso a visão que tenho dessas cenas é diferente, porque não é "um qualquer" naquela situação. É mais ou menos como acontece em "Chaves", hoje em dia, ninguém em sã consciência ri de uma bola batendo na barriga de um senhor barrigudo, mas em Chaves, quando isso acontece com personagens que já estamos familiarizados, muita gente acha engraçado! Isso acontece porque são “eles” naquela situação, e não um qualquer. É o Seu Barriga ali, não o Adam Sandler.

Quem acompanha “Sex and the city” sabe que é uma série contemplativa e que as coisas geralmente se resolvem a cada episódio, dificilmente deixam ganchos com drama ou suspense para as pessoas aguardarem o próximo episódio, que nunca é visto para tirar dúvidas do anterior, como em séries do estilo “Lost” e “Arquivo X”.

As interpretações estão ótimas, o texto, as piadas, a maneira descontraída que falam sobre relacionamentos e culturas, tudo faz valer a pena. O que torna o filme diferente da série, além da duração, são situações mais exageradas, que por ser assim, se tornam mais caricatas... o que acontece também em “Os Normais”, com a intenção de surpreender as pessoas na sala de cinema, dão uma “incrementada” pra distinguir uma produção televisiva do cinema. Mas as personagens estão lá, em sua essência são as mesmas, com a mesma personalidade (que são bem exploradas) e com o mesmo texto que não perdeu o gás até hoje, marca registrada de “Sex and the city”.

Não gosto de Beyonce, mas nesse filme uma música dela merece destaque... não pela música, mas por quem cantou e dançou: Lize Minelli. Ela mesma! Além da participação de Lize, ainda teve Penelope Cruz, que em minha opinião poderia ter aparecido mais... mas ok, ela roubaria a cena, já que não precisa de texto nem roupas estilosas pra se fazer notada.

Samatha revive sua época 80's

Como sempre, Samantha Jones roubou a cena. Não há o que discutir. Deveriam fazer uma série só com aventuras da Samantha... a atriz Kim Catrall é ótima. Agora aguardo ansioso pelo próximo filme do Polanski, que estreia em breve, “The Ghost Writer”, com Kim no elenco.